Futuro da produção de alimentos no Pampa é tema da 35ª Abertura da Colheita do Arroz


Como aumentar a produção de alimentos no Pampa Gaúcho, equilibrando questões como produtividade, conservação do bioma e segurança alimentar? A busca por essa resposta motiva a realização da 35ª edição da Abertura Oficial da Colheita do Arroz, que ocorre entre os dias 18 e 20 de fevereiro de 2025, na Estação Terras Baixas da Embrapa Clima Temperado, em Capão do Leão (RS). Com o tema “Produção de Alimentos no Pampa Gaúcho: uma visão de futuro”, o evento foi lançado nesta terça-feira, 27 de agosto, dentro da programação da 47ª Expointer, na Casa do Senar/RS, numa promoção da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz).

De acordo com o presidente da Federarroz, Alexandre Velho, o foco é levar informação para o produtor, para que possa conduzir seus negócios com os olhos voltados para um futuro em que a lavoura eficiente e sustentável estará no centro do interesse público. Para fazer frente a esses desafios, a programação da Abertura da Colheita prevê agendas técnicas, com temas que vão desde os testes de novas cultivares até estratégias de manejo de solo, passando pelos instrumentos de inovação e tecnologia apresentados na Arena Digital. “Trazer o arroz para o centro do debate significa que também vamos falar de soja, de milho e das pastagens, como uma estratégia de multicultura”, destacou Velho. Além disso, mais de 150 empresas estarão presentes, mostrando novidades para incrementar a atividade no campo.

Responsável por cerca de 70% da produção de arroz do Rio Grande do Sul, as Terras Baixas, predominantemente na Metade Sul do Estado, têm vocação para o cultivo de alimentos. A conservação desses ambientes e o aumento da produtividade nas lavouras são pontos decisivos para o setor. “Temos uma aptidão natural para o arroz. O inverno com temperaturas muito baixas reduz o uso de defensivos e regula o consumo de água, tornando a cultura eficiente e sustentável”, acrescentou Alexandre Velho. 

O presidente da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul), Gedeão Pereira, ele próprio um arrozeiro na Metade Sul, salientou que o tema da segurança alimentar é de grande interesse dos líderes globais, fato que coloca o Brasil em posição de grande visibilidade no cenário internacional. Segundo ele, com cada vez mais eficiência, tecnologia e inovação no campo, o país será autossuficiente na produção de alimentos em pouco tempo. “Vamos provar que não precisamos importar arroz para a mesa do consumidor brasileiro”, disse.

O Rio Grande do Sul é o maior produtor nacional de arroz, cuja cadeia é responsável por cerca de 1,7% de todo o ICMS arrecadado no Estado. A atividade gera 13 mil empregos diretos e outros 10 mil indiretos, com seis mil unidades produtivas em 205 municípios. 

O evento é uma realização da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz) e correalização da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e do  Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar/RS).

Foto: Nestor Tipa Júnior/AgroEffective
Texto: Patrícia Lima/Agroeffective

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